Retomada da construção de Angra 3 avança

16 Nov 2022

O consórcio liderado pela Tractebel acaba de finalizar a primeira etapa do projeto de retomada de construção da usina nuclear que fica no Rio de Janeiro. O reator terá a capacidade de abastecer cerca de seis milhões de residências.

No ano passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu um contrato ao consórcio Angra Eurobras NES, formado pela Tractebel e Empresarios Agrupados, para estruturar o projeto de conclusão do reator nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, Brasil. Um marco importante no projeto está agora finalizado, a fase de Due Diligence e avaliações.

A construção Angra 3 começou em 1984, mas foi suspensa duas vezes, em 2010 e em 2015, quando mais de 60% do projeto já havia sido concluído. A usina está programada para entrar em operação até o final de 2028. A contratação do consórcio faz parte dos serviços técnicos que o BNDES vem prestando desde 2019 à ELETRONUCLEAR S.A., proprietária da usina nuclear de Angra. O BNDES é responsável por estruturar os diferentes aspectos da conclusão do projeto, incluindo os técnicos, econômicos, financeiros e de captação de recursos.

Due diligence 

O objetivo dessa fase de Due Diligence é analisar detalhadamente informações e documentos sobre o projeto.

Nossos engenheiros e engenheiras no Brasil e na Bélgica realizaram estudos de orçamento e elaboraram um cronograma de atividades para a conclusão da usina. Eles também entregaram um Relatório Preliminar de Especificação de Contratos de Engenharia, Aquisição e Construção (EPC) que abrange todos os aspectos técnicos, incluindo os critérios para seleção os parceiros que participarão do projeto.

O que vem a seguir?

Essa primeira fase permitirá ao BNDES fornecer dados confiáveis para a avaliação econômico-financeira, o processo de captação de recursos e a elaboração do contrato final de EPC. Esse processo é muito importante, pois reduz os riscos do projeto.

O BNDES agora entregará o levantamento para o Ministério de Minas e Energia, a Eletronuclear e o Tribunal de Contas da União. Depois das avaliações das entidades e as modificações necessárias, o escopo do EPC será finalizado.

Nossos especialistas continuarão a prestar consultoria de engenharia ao BNDES durante todo o projeto e revisarão os diferentes aspectos do escopo do EPC quando necessário.

Garantir o fornecimento de energia

Diversificar a matriz energética é crucial para o Brasil, já que as hidrelétricas suprem 67% da demanda nacional. Hoje, as usinas nucleares de Angra 1 e 2, já em operação, respondem por apenas 3% da produção de energia do Brasil.  

 

"A finalização da etapa de Due Diligence para Angra 3 é fundamental, pois permitirá elaborar as especificações do modelo de contrato para uma ou mais empresas que vão atuar na construção. Nossos engenheiros estão prestando serviços de engenharia de ponta ao BNDES para a conclusão da planta. Estamos orgulhosos de estar envolvidos em um projeto que ajudará a garantir o fornecimento de energia no Brasil por várias décadas."

Paulo Coelho, Head de Nuclear da Tractebel América do Sul 

 

Vista de perto da usina nuclear de Angra 3 (© Divulgação Eletronuclear)

Saiba mais sobre a nossa experiência na área nuclear aqui. 

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