O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou contrato com o consórcio Angra Eurobras NES, formado pela Tractebel Engineering SA e Empresarios Agrupados, para estruturar o projeto de conclusão de Angra 3, no Rio de Janeiro, Brasil. A contratação do consórcio faz parte dos serviços técnicos que o BNDES presta desde 2019 à Eletronuclear, dona da usina nuclear.
Concluindo o reator de Angra 3, quase quatro décadas depois
A construção de Angra 3 começou originalmente em 1984, mas foi suspensa duas vezes, a última vez em 2015, quando mais de 60% da obra já havia sido concluída. O reator, agora programado para entrar em operação no final de 2026, contribuirá significativamente para a segurança do abastecimento de energia do país.
O consórcio terá papel fundamental na retomada das obras da unidade. Supervisionará a definição dos investimentos necessários e o planejamento detalhado, além de assessorar na contratação de construtoras para realizar o projeto com sucesso. “A contratação do consórcio, formado por empresas com larga experiência em assessoria na implantação de usinas nucleares em todo o mundo, permitirá que o mercado seja desenhado com a confiança necessária para atrair parceiros construtores de primeira linha e uma ampla gama de agentes financeiros no Brasil e ao redor do mundo", disse Leonardo Cabral, diretor de Privatizações do BNDES.
Garantir o fornecimento de eletricidade para reduzir a vulnerabilidade climática
Diversificar a matriz energética é fundamental para o Brasil. O país é fortemente dependente da energia hidrelétrica para sua produção de eletricidade, e grandes secas em 2001 e 2015 causaram escassez de energia e água, especialmente nas áreas urbanas. As duas usinas nucleares, Angra 1 e 2, respondem por apenas 3% da energia elétrica do Brasil, enquanto a hidrelétricas representam 65%. O consumo de eletricidade per capita também quase dobrou desde 1990, atingindo 2.400 kWh / ano em 2018. A vulnerabilidade do país às mudanças climáticas levou o governo a tomar medidas, incluindo a conclusão de Angra 3, para reduzir sua dependência da energia hidrelétrica.
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“É de suma importância para o Brasil diversificar sua matriz energética para enfrentar os desafios do aquecimento global. A energia nuclear pode desempenhar um papel, complementando as fontes de energia renováveis intermitentes e aumentando a confiabilidade do sistema elétrico. O projeto, que será liderado pela Tractebel no Brasil em parceria com a Tractebel na Bélgica e Empresarios Agrupados da Espanha, definirá os investimentos necessários para a conclusão de Angra 3, o cronograma detalhado de construção e as especificações do modelo de contrato para um ou mais empreiteiros de engenharia, aquisição e construção. A decisão do BNDES de contratar o consórcio mostra que somos considerados mundialmente um parceiro confiável, experiente e competente para a implantação desses projetos, e permitirá que a Tractebel no Brasil se posicione no mercado nuclear no futuro”.disse Paulo Coelho, Gerente Comercial da Tractebel na América Latina.
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Em 2 de julho de 2021, a reunião oficial virtual de lançamento reuniu mais de 55 participantes, incluindo o presidente da Eletrobras (a maior empresa pública de energia do Brasil), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da Eletronuclear (Proprietária e operadora de Angra 3) e representantes do Ministério da Energia e Economia. A participação de altos representantes do governo brasileiro mostra a importância do projeto para o país.
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